segunda-feira, 30 de novembro de 2009


Sorvete da alma

Semana passada, levei meus filhos ao restaurante.
Meu filho de 6 anos perguntou se poderia dar graças, antes da refeição.
Concordei, e ele, então, disse:
- Obrigado, meu Deus, pela comida.
Ficarei ainda mais agradecido se minha mãe nos der sorvete de sobremesa... Amém!
Os clientes, em volta, riram ao ouvir a prece do meu filho, mas ouvi uma mulher fazer um comentário maldoso:
- É isso que está errado.
Essas crianças de hoje nem aprendem a rezar direito.
E os pais nem percebem isso.
Onde já se viu um menino rezar para ganhar sorvete?
Escutando isso, meu filho ficou embaraçado e perguntou:
- O que aconteceu? Deus está zangado comigo?
Enquanto eu o abraçava e lhe assegurava que havia feito uma oração maravilhosa, disse:
- Deus, com toda a certeza, não estava zangado com você.
Até um homem sentado perto comentou:
- Deus achou que foi uma grande oração!
E, olhando para a mulher, fez outro comentário:
- Pena que mais gente nunca tenha pedido sorvete a Deus... Faz bem pra alma!
- Mesmo? - meu filho perguntou.
Naturalmente, eu comprei sorvete para todos, ao final da refeição.
Meu filho olhou fixamente para a sua taça e fez algo que surpreendeu a todos:
Ele pegou o seu sorvete e, sem uma palavra, caminhou em direção da mulher que havia feito o comentário maldoso e o colocou na frente dela.
E, com um grande sorriso, lhe disse:
- Aqui, este é para você. Sorvete, às vezes, é bom para a alma. E a minha já está bastante boa...

Peça sorvete você também!

Beijos... boa semana!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Poema Anjo...

Musica Falada...

Hoje eu acordei mais cedo e fiquei te olhando dormir...
Imaginei algum suposto medo para que tão logo pudesse te cobrir...
Tenho cuidado de você todo esse tempo...
Você esta sobre meu abraço e minha proteção...
Tenho visto você errar e crescer, amar e voar...
Você saberia onde pousar...
Ao acordar já terei partido...
Ficarei de longe escondido...
Mas sempre perto de certo, como se fosse humano, vivo...
Vivendo pra te cuidar, te proteger...
Sem você me ver...
Sem saber quem sou...
Se sou anjo ou se sou seu amor...
Acredita em Anjo?
Pois é, sou o seu...
Soube que anda triste, que sente falta de alguém e que não quer amar ninguém...
Por isso estou aqui, vim cuidar de você, te proteger, te fazer sorrir...
E quando estiver cansada, cantar pra você dormir...
Te colocar, sobre as minhas asas...
Te apresentar as estrelas do meu céu...
Passar em Saturno e roubar... O seu mais lindo anel...
Vou secar qualquer lagrima que ousar cair...
Vou desviar todo mal do seu pensamento...
Estar contigo a todo o momento sem que você me veja...
Farei tudo que você deseja...
Mas,
Mas de repente...
Você me beija...
O coração dispara e a consciência sente dor...
E eu descubro que alem de Anjo... Eu posso ser o seu amor...
Mas afinal, quem eu sou?
Seu anjo, ou seu amor?
Tenho asas?
Anjos aparecem invisíveis...
Mas humanos também, quando amam...
Quero dizer que já não importa mais saber de onde eu venho,
Se tudo que sou pra você, é amor...
E se ainda assim, quiser voar...
Te levo comigo, te mostro as estrelas...
Outros alados, Deus, a vida celeste...
E depois voltamos pra nossa casa até nos amarmos, até morrermos...
Para dizer que é seu o anel que roubei em Saturno...
E que sou seu amor na terra... E seu anjo no céu!

(Saulo Fernandes)

Beijos...

terça-feira, 24 de novembro de 2009


As sete faces do amor

Nosso sucesso está em amar os outros...

Estas reflexões estão fundamentadas em G. Chapman, no livro “O Amor como Estilo de Vida”. Ser amado, deixar-se amar, crer no Amor de Deus constituem a alegria de viver. Só os amados mudam. O amor é uma força transformadora e propulsora. Nosso sucesso está em amar os outros. O amor não é só uma emoção, mas, decisão, atitude, ação. Portanto, decidimos amar, escolhemos amar, optamos por amar. É preciso esforço para sermos pessoas capazes de amar.

Eis as sete faces do amor:

1. A gentileza. É a alegria de ajudar os outros, ou ainda, é reconhecer e acolher com afeto as necessidades dos demais. A gentileza transforma encontros em relacionamentos. A pessoa gentil quer servir o próximo porque o valoriza e o respeita como pessoa. Gentileza é gesto de amor altruísta e por isso transforma as pessoas. As palavras gentis têm grande poder de cativar e até de curar porque expressam reconhecimento, respeito, atenção pelo outro, são palavras construtivas, cativantes, salvadoras. A gentileza faz bem para nós e para os outros, causa-nos alegria e dá importância aos outros.
Gentileza é cortesia, generosidade, respeito, amabilidade. Os gestos mais comuns da gentileza são: agradecer, ajudar, saudar, informar, sorrir, atender, elogiar, pedir desculpas.

2. A paciência. Consiste em compreender e aceitar as imperfeições dos outros. É permitir a alguém ser imperfeito. É entender o que se passa dentro do outro, acolher seus sentimentos e os motivos de suas atitudes. Paciência não é concordar, é compreender; não julgar e não condenar. Nossa paciência permite ao outro crescer, mudar, ter nova chance para melhorar.
Quem tem consciência das próprias imperfeições e cultiva um espírito positivo, tem condições de ser paciente. A humildade nos torna pessoas dotadas de paciência, porque saímos de nós mesmos, sofremos com a situação dos outros e os acolhemos.

3. O perdão. Perdoar não é fácil, mas é atitude sábia e saudável. Quem perdoa oferece ao ofensor a chance de ele melhorar. O perdão nos livra de doenças, insônias, vinganças, ódios, que são sentimentos destrutivos, e possibilita a convivência, a saúde e a felicidade. Perdoar é reencontrar a alegria, a paz interior e social. Perdoar é ter amor de mãe, amor sem medidas, amor de misericórdia que reata amizades e relacionamentos. Quem perdoa faz bem a si mesmo, compreende as limitações alheias e constrói a reconciliação e a paz social.

4. A cortesia. Significa tratar os outros como amigos porque toda pessoa é digna, original, única, valiosa. A cortesia no trânsito, no ônibus, nas filas, no relacionamento com os vizinhos, no dedicar tempo aos outros, no receber bem os que chegam, no saber agradecer, prestrar atenção, pedir desculpas, são inestimáveis gestos de amor. No cotidiano podemos praticar a cortesia por meio de uma conversa; pedir licença, ajudar idosos ou alguém em dificuldades, aceitar as incompreensões dos outros.

5. A humildade. É saber reconhecer os próprios valores e imperfeições e acolher os valores e fraquezas dos demais. Humildade é autenticidade, verdade e realismo. A palavra "humildade" vem de "húmus" (barro, terra), que é a raiz da palavra “homem”. Somos todos de barro. A humildade está nessa igualdade de dignidade, na irmandade que formamos a partir do barro, do pó e até da lama. Aceitar a ajuda dos outros, reconhecer os erros, afirmar os valores dos outros, alegrar-se com o sucesso de nossos próximos e de seu bem-estar, tudo isso é humildade.

6. A generosidade. Define-se pela doação aos outros, é o amor que se doa, que sabe servir, dedicar tempo aos demais, ter a coragem do desapego de si e das coisas para partilhar. A generosidade é gêmea da solidariedade, da dádiva, do dom. "Há mais alegria em se doar que em receber", ensina a Palavra de Deus. A pessoa generosa é capaz de renúncias e de sacrifícios pelo bem alheio.

7. A honestidade. É dizer a verdade com amor, não inventar desculpas para justificar os próprios erros, falar os próprios sentimentos e emoções, aceitar as limitações pessoais, como também os dons, as qualidades, os sucessos. A integridade da pessoa honesta está na veracidade das palavras, na transparência das atitudes, no compromisso com a verdade.

Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina - PR

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Que todos possam compreender melhor o significado do verdadeiro AMOR... Para não fazer deste sentimento uma frustação movida por decepções...

Beijos...

domingo, 22 de novembro de 2009


O mito do amor romântico...

O mito do amor romântico é muito mais que uma forma de amor. É todo um conjunto psicológico, tecido de expectativas e idealizações onde pessoas e realidades são inseridas.
No mito do amor romântico a paixão prevalece. Assim, cria-se a ilusão de que o foco da paixão condensa todas as soluções dos problemas existentes na vida. O outro acaba se tornando uma construção, cujos tijolos foram retirados dos insondáveis terrenos de nossas carências e necessidades.
No mito do amor romântico, a pessoa amada é vista, de forma consciente ou não, como a primeira responsável pela satisfação dos desejos e necessidades de seu amante. Uma forma de encantamento parece inibir a percepção da realidade de maneira que a relação passa a representar um perigo para aqueles que dela fazem parte.
Podemos identificar na verdade que, antes de o mito do amor romântico atingir as relações, ele atinge a forma como o ser humano interpreta a si mesmo. A visão romanceada do humano parece estabelecer uma inimizade entre a pessoa e seus limites.
Pode nos parecer estranho, mas quanto maior é a negação dos limites que nos são próprios, maior parece ser o domínio que eles exercem sobre nós. Acolher os limites que lhes são próprios é um jeito da pessoa reconciliar-se consigo mesma.
Há sempre o risco de querermos fazer o outro ser a medida de nosso desejo. Por uma insatisfação pessoal, projetamos no outro uma perfeição que gostaríamos de encontrar em nós mesmos.
No momento em que identificamos essa inadequação, no instante em que percebemos que o outro não é perfeito, desfaz-se o encanto. E o que antes dizíamos ser experiência de amor eterno transforma-se em amor que valeu enquanto durou.
E amar não é cultivo de perfeição, mas o contrario. É empenho de superação de limites. É cultivo constante que nos aproxima da realidade e que nos capacita para continuarmos desejando que o outro continue ao nosso lado.
Amar é exercício de descobrir o que o outro tem de mais lindo, mas também de mais vergonhoso. Amores perfeitos só existem nas projeções, ou nos jardins...
Aquela florzinha miúda que tem beleza simples e que requer muito cuidado. O outro amor perfeito só existe nos livros e nas histórias das fadas.
O mito do amor romântico parece fortalecer nas culturas o desejo que o ser humano tem de encontrar no seu mundo exterior a solução para suas imperfeições. É quase uma camuflagem, onde passamos a buscar nas coisas, nas pessoas e nas situações, o remédio que nos sanaria de nossas incompletudes.
Somos imperfeitos, mas não estamos condenados a ser vitima de nossa imperfeição; o outro também não esta condenado a morrer com os seus defeitos. Desta forma, num encontro de imperfeitos, nasce um desejo concreto de juntos lapidarem suas humanidades, na busca de uma harmonia que podemos chamar de amor.
Não somos perfeitos, mas queremos realidades perfeitas.
O mito nos retira do contato com a realidade. A partir dele, as pessoas passam a procurar realidades ideais. A pessoa ideal para casar; o lugar ideal para morar; o lugar ideal para trabalhar, e por ai segue uma lista interminável.
As pessoas, no afã de encontrarem a pessoa ideal, pessoa perfeita, começam a imaginar. Olham, mas não vêm, porque estão motivadas a enxergar só o que estão imaginando. É deste “não encontro” e deste “não ver” que hoje em dia se iniciam as relações.
Começam a projetar umas nas outras suas necessidades e lacunas. Relações dessa natureza são comuns entre nós. Pessoas que, na incapacidade de compreender os limites de suas histórias pessoais, passam a buscar nos outros os preenchimentos de suas lacunas. Amores que não são amores.
A experiência das projeções nos coloca dentro de um mundo sem sustentação; e mundo projetado não é mundo que realiza, nem faz realizar.
Passamos a “AMAR” não quando encontramos uma pessoa perfeita, mas sim quando aprendemos a ver perfeitamente uma pessoa imperfeita.
O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico. O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, do que foi, do que será e do que já não é.

Isso tudo e as diversas experiências frustrantes que já tive me levam realmente a acreditar que amor romântico é mesmo um mito...

Mas também acredito que quando você para de procurar... O amor perfeito aparece sem que você esteja esperando...

A partir deste momento... É com você... Só com você...

Seja humilde o suficiente para enxergar seus próprios defeitos, limites e lacunas... E não fique desenhando uma outra pessoa para suprir o que falta em você, o que só existe em seus pensamentos, em seus ideais... Isso pode ser uma experiência frustrante e irreversível para ambos.

Somos TODOS sujeitos a falhas fraquezas e medos...Assuma essas fraquezas

Aceite... Você é ser humano... Jamais será perfeito...

Perfeito só é DEUS!

Beijos... Boa semana!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009


Tempo...

Eu e o tempo...

Eu na trilha incerta dos meus passos mergulhado no destino imenso de meus sonhos,
Vou percorrendo as estradas do mundo...
E quando com o tempo não posso, faço um acordo com ele,
Sorrio com os motivos de suas alegrias,
E poetizo as tristezas, que de suas mãos de desprendem...
Mas quando com ele posso,
Ah, quando com ele posso...
Eu dele me esqueço...
E apenas vivo...
Vivemos neste embate constante com o tempo...
Mas, existem algumas coisas que não são do tempo...
Tempo é força que nos envelhece, que nos entristece,
Que nos mata, que nos leva embora, que nos distancia...
Mas em algumas situações podemos sentir a ausência do tempo...
Amando-nos, por exemplo...
E é lindo quando temos a oportunidade de criar esta brecha no tempo...
Quem ama não vê o tempo passar...
Apenas vive...
Conseguimos aliviar a nossa vida, a nossa existência,
A partir do amor que a gente ama...
E os amantes, sabem muito bem disso...
Quer fazer esquecer o tempo?
“AME”...
Quando se aprende o verdadeiro significado do amor,
Quando se conhece todas as formas de inutilidade,
Não há problemas...
O importante é o que nós significamos um para o outro...
Isso é amar...
Vivemos o tempo todo neste impasse do tempo...
Há o tempo cronológico,
Que é esse que a gente envelhece com ele...
Há o tempo demarcado,
Esse do relógio... E que geralmente nos deixa irritados por ter que cumprir uma agenda, horários...
Mas existe uma experiência de tempo que não é cronológica e nem demarcada...
Pode ser que nunca tenham ouvido falar disso...
Mas há acontecimentos, por exemplo,
Que não combinam com o tempo...
De repente uma coisa que aconteceu há dez anos,
Ainda repercute dentro de nós...
Seja uma saudade que sentimos, um sentimento bom que nos ocorre, uma tristeza...
Essa é a prova concreta que o tempo não passou...
Aquilo já terminou, mas no fundo, não terminou dentro de nós...
Um exemplo disso é a própria eucaristia...
Nós não celebramos “varias eucaristias”...
Houve uma única celebrada, pelo próprio JESUS...
Onde reuniu os amigos dele, fez uma ultima ceia, e nós continuamos celebrando até hoje...
O encontro aconteceu há 2000 anos e ainda não terminou...
Aquele momento foi tão grandioso que não coube no tempo...
Encontramos ao longo da vida,
Pessoas cansadas por causa do tempo,
Maltratadas pelos abandonos, pelas infidelidades, pelas traições...
Encontramos pessoas machucadas pelos próprios erros,
Com as escolhas erradas que fizeram...
Encontramos pessoas com a inadequação do tempo...
Onde a origem de muita infelicidade,
Esta em justamente a pessoa não saber articular,
O passado, com o presente e o futuro...
Às vezes encontramos pessoas altamente infelizes por causa de erros do passado...
Ou encontramos pessoas infelizes nos dias de hoje,
Porque estão preocupadas com o futuro...
Onde por hora, deveríamos viver um dia de cada vez sem nos preocupar com nada...
Como acontece quando estamos diante de uma obra de arte,
Quando estamos escutando uma musica,
Quando estamos diante de um poema ou de uma palavra bem elaborada...
Nesses momentos esquecemos que o tempo passa...
Experimentamos isso quando estamos ao lado de pessoas que amamos...
Quando não vemos que o tempo aconteceu e,
De repente, esta na hora de ir embora...
Ou elas se vão para sempre porque o tempo não perdoa...

E então repito mais uma vez...

Tempo é força que nos envelhece, que nos entristece,
Que nos mata, que nos leva embora, que nos distancia...

Por isso...

Reveja seus conceitos...
Confie mais em DEUS...
E saiba aproveitar melhor o seu tempo...

Beijos...

domingo, 15 de novembro de 2009


Avessos... Contrários...

Esse jeito esquisito que JESUS tinha... De preferir os piores...
Faz-me pensar, na beleza dos avessos...

Às vezes, a gente na pressa de encontrar, não vê...
Por alguns momentos esperamos que tudo na vida deve vim pronto,
Quando na verdade o correto seria que construíssemos...
Quantas vezes na minha vida, eu desprezei as pessoas,
Porque eu simplesmente considerei apenas o agora...
É tão doído, né, a gente ser visto somente a partir do presente...
Quando as pessoas olham pra gente e só enxerga aquilo que a gente tem no momento...

Isso é fascinante em JESUS...
Por isso ele é capaz de preferir quem ele preferia...
Porque JESUS não era um homem que se prendia no presente...
Eu acredito e acho interessante isso...

Que os amantes (Homens x mulheres), eles nunca esgotam as criaturas amadas...
Porque o amor sobrevive de futuro...
Ele consegue enxergar o que a gente ainda não viu...
A pessoa que ama consegue enxergar o que o outro ainda não é...

Vê o avesso...
Vê o contrario da situação...

É tão bonito a gente pensar que a beleza do tecido tem um sustento...
Que uma trama esta por trás de tudo isso...
Compreender as pessoas, amá-las, só é possível a partir do momento que a gente entra na trama do avesso...
Quando a gente não enxerga somente aquilo que os olhos podem revelar, podem conhecer...
Mas, sobretudo, aquilo que ainda esta oculto...

DEUS nos ama assim...
Porque consegue enxergar o que a gente ainda não é...
Mas, sim o que a gente ainda pode ser...

Só quem já provou da dor, quem sofreu e se amargurou,
Viu a cruz e a vida em tons reais...
Quem no certo procurou, mas no errado se perdeu,
Precisou saber recomeçar...
Só quem já perdeu na vida, sabe o que é ganhar,
Porque encontrou na derrota, algum motivo para lutar...
E assim viu no Outono a Primavera...
Descobriu que é no conflito que a vida faz crescer...
Só quem soube duvidar, pôde enfim acreditar...
Viu sem ver e amou sem aprisionar...
Quem no pouco se encontrou, aprendeu a multiplicar...
E descobriu o dom de eternizar...
Só quem perdoou na vida, sabe o que é amar,
Porque aprendeu que o amor só é amor, se já se provou alguma dor...
E assim viu grandeza na misericórdia...
Descobriu que é no limite, que o amor pode nascer...
Que o verso tem o reverso...
Que o direito tem o avesso...
Que o de graça tem o seu preço...
Que a vida tem contrários...
E que a saudade é um lugar, que só chega quem amou...
E que ódio é uma forma tão estranha de amar...
Que o perto tem distancias...
Que o esquerdo tem direito...
Que a resposta tem pergunta e o problema solução...
E que o amor começa aqui,
No contrario que há em mim...
E que a sombra só existe, quando brilha alguma luz...

Por isso, viva os seus amores de forma intensa...

Inclusive seu amor por DEUS... Viva como fogo abrasador...

Vou contar uma historinha para que entendam um pouco melhor este amor abrasador...

Paixão é como fogo que queima com álcool...
Ascende depressa e se apaga rápido...
E quando você quer reascender esta paixão, que supostamente às vezes chamamos de amor,
Quando você resolve reascender e joga mais álcool,
Você corre o risco de se queimar, se machucar...

Diferente do amor que queima como brasa...
Este, quando você quer rescende-lo, basta apenas colocar mais lenha,
Ou se preferir é só mante-lo na brasa...
Mas a diferença é que ele é eterno, não se acaba nunca...
Você dosa quando deve mante-lo quietinho na brasa e quando é hora de reascendê-lo...

Isso é amor...

Desta forma, aprenda enxergar as pessoas através da alma, do avesso...

E descobrirá que toda e qualquer paixão pode se tornar amor...

Basta você manter a brasa acesa, ter paciência e respeitar o momento do outro...

Para que as lenhas possam ser colocadas no momento certo...

E assim, a chama do amor possa reascender...

O amor humano tem a capacidade de ser amor de DEUS em nós...

Basta apenas que acredites nisso...

Entregues e confie tudo a DEUS...

E espere...

Pois não temos que exigir o amor de ninguém...

Temos apenas que dar bons motivos para as pessoas nos amar...

E aguardar... Que a vida faz o resto!

Beijos...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Saudade...

Dia 13/11/2009... Uma década sem meu saudoso Pai “Nelson Joaquim de Lima”... Falar e lembrar-se dele é simplesmente emocionante... Sempre me fez falta e sempre fará...

Sua presença paterna em minha vida foi um pouco tumultuada... Quem teve o privilégio de conhecê-lo, sabe que somos exatamente iguais... Tanto na aparência quanto no jeito, nas atitudes e no coração...

Batia sempre de frente com ele... Brigávamos muito... Mas no final tudo ficava bem... Porque acabava entendendo que a pressão toda que ele fazia era pura proteção de filha caçula...

Ah saudade...

Saudade das vezes de quando ele ia me buscar na escola e eu morria de vergonha... Das vezes que ele colocava meus namorados pra correr com a chave de roda do carro... Das vezes que ele bebia muito, minha mãe o colocava pra dormir no sofá e ele acabava comendo bituca de cigarros pensando que era amendoim... Saudade das sopas que ele fazia... Dos abraços apertados e daquele bigode que era sua marca registrada... Saudade da proteção de Pai!

A dor dessa saudade é inexplicável... Dói imaginar que se ele estivesse aqui conosco hoje, estaria com os cabelinhos brancos e seria provavelmente um velhinho bem ranzinza... rsss...

Dói imaginar que ele não me conduzirá até o altar quando DEUS me der o privilégio de consagrar o sacramento do matrimonio... E pensar que eu tinha medo desse dia chegar porque temia que ele ficasse com a chave de rodas do carro por debaixo do paletó olhando torto pro meu noivo dizendo... – Cuidado, sua batatinha esta assando! rsss...

Dói imaginar que nossos filhos não terão o privilégio de conhecê-lo... E não tenho duvidas que ele seria o avô mais coruja do mundo... Assim como minha mãe é...

Acredito que se ele estivesse hoje aqui comigo, sua influencia sobre mim seria tão grande que tudo seria diferente...

Mas a vontade de DEUS prevaleceu como sempre... O inverno de nossas vidas chegou, passou, e a primavera nos inundou com sua beleza...

Essas mudanças de estações sempre acontecerão em nossas vidas... E o segredo para vivê-las com dignidade e com a cabeça erguida, é AMAR a DEUS acima de todas as coisas... E permitir que ele te conduza até a chegada da Primavera...

Este é um lindo testemunho para todos que estão passando por algum inverno...

Acreditem... A primavera sempre chega...

SEMPRE TE AMAREI PAPAI... SAUDADES DE TI...

Esperança...

Muitas vezes a nossa vida se compara a de uma arvore. Assim como a arvore, nós também vivemos diferentes estações. Não há como fugir delas. O inverno talvez seja a estação mais triste. As folhas começam a murchar até caírem completamente. As flores já não existem mais; os frutos desaparecem. O que resta, para quem observa à pobre arvore, são os galhos retorcidos que, uma vez expostos, revelam as imperfeições antes escondidas pela beleza superficial. Mas não devemos nos enganar: aquilo que parece estar matando a arvore na verdade é essencial para sua sobrevivência. Ainda que o inverno esteja rigoroso, seco, sem cor ou perfume, a arvore não esta morta. A vida ainda esta dentro dela. As forças, antes usada para embelezar a arvore, agora são gastas para fazê-la crescer, onde ninguém vê, aprofundando suas raízes. Dizem ainda que em muitos lugares onde não haja inverno, as arvores não produzem frutos.

E assim também acontece conosco. Muitas vezes DEUS nos guia até o deserto para ali nos revelar o nosso próprio coração (Dt 8.2). Toda a beleza superficial desaparece e passamos a enxergar as nossas próprias falhas e limitações. Nossa justiça própria se revela como um “trapo de imundície” (Is 64.6) e nós murchamos como as folhas de uma arvore que seca. As circunstâncias que não podemos mudar e os sonhos que parecem não se realizar nos levam a um estado de desconsolo e desesperança semelhante ao de uma arvore no inverno, adoecendo o nosso coração (PV 13.12).

Muitos se perdem exatamente ai, no inverno de suas vidas. Mas, em vez disso, podemos nos render ao processo divino de fazer morrer o que é superficial e ganhar vida no interior. São mudanças de valores que fazem parte de nosso crescimento espiritual. O inverno é uma oportunidade de conhecermos a nós mesmos e de sermos transformados à medida que conhecemos a DEUS intimamente. É no inverno da alma que podemos aprender a dependência total para com o Senhor e a desfrutar o descanso em sua soberana vontade. É na morte do “eu” que renascemos para uma nova vida: aquela que DEUS tem para nós. É na falência de nossas próprias tentativas que passamos a experimentar o braço do Senhor agindo em nosso lugar. É quando não podemos mais seguir adiante que DEUS nos carrega em seu colo paterno e, então, podemos chegar onde devemos ir. É na nossa limitação que experimentamos o poder de DEUS se aperfeiçoando em nossa fraqueza. É assim que trocamos os trapos da nossa justiça própria pela obra perfeita e graciosa de Cristo na cruz.

Durante o inverno, podemos simplesmente nos render e adorar. É verdade que às vezes nos debatemos, mas quando enfim nos rendemos, entramos como que em um estado de hibernação, onde “dormimos” interiormente.

Nossos sonhos, projetos, as promessas de DEUS para nós parecem estar em um “estado de espera”. E realmente estão... Elas não morreram. As palavras de vida, proclamadas por DEUS a nosso respeito, estão dentro de nós, aguardando o tempo oportuno. São promessas do Senhor para o nosso casamento, para nossos filhos, para nossos ministérios. E quando descansamos no Senhor, ele trabalha para cumprir cada uma de suas palavras.

Durante o inverno tudo o que podemos fazer é esperar; é ter a esperança da próxima estação. E quando a primavera chegar, aquela pobre e sofrida arvore sofrera uma maior transformação! As águas irão regá-la novamente, e ela voltará a dar flores, frutos, e suas folhas verdes serão mais bonitas do que nunca!

Eu creio... A primavera vai chegar! E aquilo que tanto espero deixará de ser esperança, pois tocarei as flores, comerei os frutos e viverei o cumprimento das promessas! Assim como a noite escura passa e a alegria vem com o amanhecer, em breve a luz do Senhor vai acender meu coração adormecido.

Já passei por vários invernos em minha vida... Assim como o que vivencio hoje... Mas em todos eles me rendi e adorei ao Senhor... Sofri as demoras de DEUS, dediquei-me a ele e esperei com paciência, e no derradeiro momento minha vida se enriqueceu (Eclo 2)...

Façam o mesmo...

AME DEUS acima de todas as coisas...

E irá aproveitar as suas primaveras como nunca...

Beijos...

Este espaço servirá para que simplesmente possam conhecer eu... Fabiana...

Espaço também dedicado a busca de alguns conceitos e critérios utilizados para se viver a vida de forma intensa... Sem medos... Sem receios... Sem magoas... Apenas ser feliz...

Explicações para algumas coisas que talvez não tenham explicações, mas, por alguma razão deve ter algum sentido...

Enfim... Espaço dedicado a algumas expressões que talvez não fosse possível dizer olhando nos olhos... Por isso, que fiquem aqui, registradas!

Sintam-se a vontade e espero que gostem...

Essa sou eu... Simplesmente Fabiana...

Um eu que talvez você desconheça... Mas, tenho certeza que será um grande prazer me conhecer um pouco melhor... Garanto que vão adorar... Só não se percam ao entrar em meu infinito particular...