sexta-feira, 13 de novembro de 2009


Esperança...

Muitas vezes a nossa vida se compara a de uma arvore. Assim como a arvore, nós também vivemos diferentes estações. Não há como fugir delas. O inverno talvez seja a estação mais triste. As folhas começam a murchar até caírem completamente. As flores já não existem mais; os frutos desaparecem. O que resta, para quem observa à pobre arvore, são os galhos retorcidos que, uma vez expostos, revelam as imperfeições antes escondidas pela beleza superficial. Mas não devemos nos enganar: aquilo que parece estar matando a arvore na verdade é essencial para sua sobrevivência. Ainda que o inverno esteja rigoroso, seco, sem cor ou perfume, a arvore não esta morta. A vida ainda esta dentro dela. As forças, antes usada para embelezar a arvore, agora são gastas para fazê-la crescer, onde ninguém vê, aprofundando suas raízes. Dizem ainda que em muitos lugares onde não haja inverno, as arvores não produzem frutos.

E assim também acontece conosco. Muitas vezes DEUS nos guia até o deserto para ali nos revelar o nosso próprio coração (Dt 8.2). Toda a beleza superficial desaparece e passamos a enxergar as nossas próprias falhas e limitações. Nossa justiça própria se revela como um “trapo de imundície” (Is 64.6) e nós murchamos como as folhas de uma arvore que seca. As circunstâncias que não podemos mudar e os sonhos que parecem não se realizar nos levam a um estado de desconsolo e desesperança semelhante ao de uma arvore no inverno, adoecendo o nosso coração (PV 13.12).

Muitos se perdem exatamente ai, no inverno de suas vidas. Mas, em vez disso, podemos nos render ao processo divino de fazer morrer o que é superficial e ganhar vida no interior. São mudanças de valores que fazem parte de nosso crescimento espiritual. O inverno é uma oportunidade de conhecermos a nós mesmos e de sermos transformados à medida que conhecemos a DEUS intimamente. É no inverno da alma que podemos aprender a dependência total para com o Senhor e a desfrutar o descanso em sua soberana vontade. É na morte do “eu” que renascemos para uma nova vida: aquela que DEUS tem para nós. É na falência de nossas próprias tentativas que passamos a experimentar o braço do Senhor agindo em nosso lugar. É quando não podemos mais seguir adiante que DEUS nos carrega em seu colo paterno e, então, podemos chegar onde devemos ir. É na nossa limitação que experimentamos o poder de DEUS se aperfeiçoando em nossa fraqueza. É assim que trocamos os trapos da nossa justiça própria pela obra perfeita e graciosa de Cristo na cruz.

Durante o inverno, podemos simplesmente nos render e adorar. É verdade que às vezes nos debatemos, mas quando enfim nos rendemos, entramos como que em um estado de hibernação, onde “dormimos” interiormente.

Nossos sonhos, projetos, as promessas de DEUS para nós parecem estar em um “estado de espera”. E realmente estão... Elas não morreram. As palavras de vida, proclamadas por DEUS a nosso respeito, estão dentro de nós, aguardando o tempo oportuno. São promessas do Senhor para o nosso casamento, para nossos filhos, para nossos ministérios. E quando descansamos no Senhor, ele trabalha para cumprir cada uma de suas palavras.

Durante o inverno tudo o que podemos fazer é esperar; é ter a esperança da próxima estação. E quando a primavera chegar, aquela pobre e sofrida arvore sofrera uma maior transformação! As águas irão regá-la novamente, e ela voltará a dar flores, frutos, e suas folhas verdes serão mais bonitas do que nunca!

Eu creio... A primavera vai chegar! E aquilo que tanto espero deixará de ser esperança, pois tocarei as flores, comerei os frutos e viverei o cumprimento das promessas! Assim como a noite escura passa e a alegria vem com o amanhecer, em breve a luz do Senhor vai acender meu coração adormecido.

Já passei por vários invernos em minha vida... Assim como o que vivencio hoje... Mas em todos eles me rendi e adorei ao Senhor... Sofri as demoras de DEUS, dediquei-me a ele e esperei com paciência, e no derradeiro momento minha vida se enriqueceu (Eclo 2)...

Façam o mesmo...

AME DEUS acima de todas as coisas...

E irá aproveitar as suas primaveras como nunca...

Beijos...

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